sábado, 4 de agosto de 2012

Precisamos SALVA O PLANETA ELE PEDE S.O.S...


OS OCEANOS E O LIXO

No dia 4 de outubro, na Royal Society de Londres, um grupo de biólogos apresentou os resultados finais do Censo da Vida Marinha, o mais abrangente programa de pesquisa sobre a vida nos mares. Durante 10 anos, 2.700 pesquisadores de 80 países realizaram 568 expedições, encontraram pelo menos 1.200 espécies desconhecidas e agora estimam em 230 mil o número de espécies de plantas, invertebrados, peixes e outros vertebrados marinhos.
Uma rica e bela biodiversidade, não é mesmo?
Eu, mergulhando nos corais australianos
Entretanto, há um porém. Acredite-se ou não, onde toda essa explosão de vida acontece é simplesmente o lugar mais poluído do planeta. Essa foi uma realidade chocante a qual tive contato pouco tempo atrás. Até imaginei que houvesse um pouco de poluição dos mares, claro. Não sou tão ingênuo, frequento praias e já vi que muitas delas também são bem sujinhas. Por conta dos efeitos dos ventos, ondas e marés, imaginei que tudo o que boiasse de sujeira no oceano, mais cedo ou mais tarde, terminaria na areia de alguma praia ou ilha estando à mercê de algum amante da natureza que pudesse dar sua contribuição ao mundo e recolher a sujeira.
Mas infelizmente a realidade é mais cruel do que eu achava. Aliás, ela sempre é. Não há um número exato e confiável sobre a quantidade de lixo que boia e está depositada no fundo oceanos. O que se sabe é que é muito, MUITO lixo mesmo. Para se ter uma ideia, há mais lixo nos oceanos que em terra firme. E quanto a isso restam poucas dúvidas.
Por conta de sua vasta área, é no oceano Pacífico que se encontra a maior quantidade de lixo boiando. Naquele oceano acredita-se ser de 3 milhões de toneladas a quantidade de lixo. Cientistas holandeses estimam que no fundo do mar do Norte haja 600 mil toneladas de plásticos. Um grupo de pesquisadores da SEA (Sea Eduacation Association), WHOI (Woods Hole Oceanographic Institution) e da Universidade do Havaí em mais de 20 anos de pesquisa, descobriram que há 64 mil peças de plástico em 6.100 locais diferentes do oceano Atlântico, o que resulta num média de aproximadamente 10 mil peças por local. Estimativas generalizadas dizem que entre boiando e depositado no fundo, os oceanos sozinhos possuem até 100 milhões de toneladas em todo o planeta (!!!). O que confere aos oceanos o desagradável título de maior depósito de lixo da Terra.
Todo esse lixo é 90% composto por plástico. O Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP) estima que para cada milha quadrada de oceano, há 46 mil peças de plástico boiando. Em algumas regiões do oceano, a quantidade de plástico boiando supera até mesmo a de plâncton, a base da cadeia alimentar da vida marítima, em seis partes para cada uma.
Segundo o Greenpeace, o mundo produz anualmente mais de 10 bilhões de quilogramas de plástico por ano. Desde total, 10% terminam nos oceanos. E destes 10% que vão para os mares, 70% termina depositado no fundo e o restante permanece boiando.
Mesmo essa parcela de lixo que boia nos oceanos, não se acumula somente na superfície da água. Cientistas já observaram que a faixa de plástico que flutua fica numa faixa que vai da superfície até os 10 metros de profundidade. Em algumas regiões a faixa de lixo se estende a até 30 metros de profundidade.
A origem desse lixo todo, contrariando o senso comum, não vem dos navios. Estima-se que 80% do lixo acumulado nos oceanos venham direto dos continentes: trazido por rios, despejados pela própria população e também por esgotos não tratados. O restante da sujeira é despejada por navios, plataformas petrolíferas, containers (na verdade, o conteúdo dos containers é que ficam boiando pelos oceanos e atingem as costas) que caem no mar e uma parcela significativa são redes de pesca inutilizadas e artigos para esta prática.
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Referencias:
How’s Stuff Workshttp://bit.ly/eVIOpg
Blog Felicidade para o Planetahttp://bit.ly/ggdvvW
Daily Galaxyhttp://bit.ly/yClmQ

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